A safra de café de 2025 vem trazendo preocupação para os agricultores e produtores do setor. O fenômeno do baixo enchimento dos grãos, resultado da intensa radiação solar e das altas temperaturas, pode comprometer significativamente a produção nacional. O cenário se torna ainda mais alarmante quando comparado à safra de 2024, que foi marcada por uma onda de calor que reduziu o rendimento das lavouras, levando a grandes prejuízos para os produtores.

Na safra passada, muitos agricultores acreditavam que suas lavouras estavam carregadas de frutos, mas, durante o processo de secagem, perceberam que o volume final era muito inferior ao esperado. Esse problema comprometeu o planejamento de diversos cafeicultores, tornando a colheita de 2024 economicamente desafiadora.

Para 2025, ainda é cedo para afirmar qual será a real perda na produção, pois o impacto só poderá ser avaliado após a secagem dos grãos. No entanto, é importante destacar que, mesmo com chuvas neste momento, as perdas já são irreversíveis. A situação é particularmente preocupante para os produtores de café arábica nos estados de Minas Gerais e São Paulo, que poderão sofrer uma grande redução na quantidade colhida.

Apesar de o Brasil contar com uma previsão positiva para a produção de café conilon em 2025, o problema do baixo enchimento dos grãos pode impactar negativamente a safra. Com menos café chegando ao mercado, a tendência é de aumento no preço da saca, resultando em uma valorização ainda maior do produto. Caso a produção fique abaixo do esperado, a probabilidade de novos aumentos nos preços se torna ainda maior. Atualmente, a saca de café já está custando R$ 2.698,73, e o café que o consumidor consome em casa também teve um aumento expressivo, chegando em alguns estados a R$ 50,00 o pacote de 500g. Se a oferta continuar em queda, esses valores poderão subir ainda mais, afetando diretamente tanto os produtores quanto os consumidores e o mercado internacional.

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